domingo, 22 de novembro de 2009

Alimentação no Sucôt
















Em Israel, são sete os tipos de alimentos colhidos durante a época da fertilidade, comemorada na época de Sucot. Esses alimentos são considerados sagrados pelos judeus.

Muitos desses alimentos são pendurados no teto da sucá para simbolizar a colheita. São eles: azeitona, cevada, figo, romã, tâmara, trigo e uva.

Para espantar os anos de exílio dos judeus e recordar a época em que ficaram sem alimento, alguns judeus costumam pendurar na porta da Sucá frases como: "Shoá Nunca mais". É um modo de expressar a dor pelos antepassados e evitar que ela volte.

As refeições e a Sucá


O Sucot é um momento de reflexão. Panorama para o ano que está prestes a se iniciar. É comemoração e gratidão por toda a fertilidade e colheita do ano anterior. Por isso, que nos dias do Sucot, muitos costumam (como diz a tradição judaica) fazer todas as refeições dentro da cabana.

domingo, 8 de novembro de 2009

Miriam Kirstain fala sobre o Sucot.

A assistente do Rabinato da Comunidade Shalom, Miriam Kirsztain, fala um pouco sobre o Sucot e a cultura judaica em entrevista concedida aos autores deste blog. Acompanhe pelo vídeo.






O corpo e o judaísmo


Muito não sabem, mas no judaísmo a tatuagem ou outras modificações no corpo, não são permitidas. De um tempo pra cá, muitos começou um modismo em Israel e vários jovens começaram a fazer tatuagens. Inclusive muitos jovens da America latina que vão para Israel para estudar, acabam voltando tatuados. Miriam Kirsztain, assistente do Rabinato da Comunidade Shalom explica que qualquer modificação no corpo é proibida, inclusive brincos, segundo a Torá.Ela falou que essas modificações no corpo são vistas como paganismo na Torá.


Rituais: O que se faz durante o Sucôt?


Como qualquer festa, o Sucot tem comida e símbolos. As famílias judaicas constroem a Sucá (cabana) dentro de suas casas e lá dentro fazem as refeições durante os oito dias do festejo. O intuito é recordar o momento em que os judeus se abrigaram em cabanas durante a peregrinação no deserto do Egito.

Algumas famílias não possuem o hábito de construírem a Sucá. Para isso, alguns judeus freqüentam a Sucá da Sinagoga mais próxima para que sejam feitas as refeições e orações dentro das tradições divinas.

Algumas plantas sagradas são usadas durante os rituais. Todas elas servem de instrumento para as orações e abençoar as refeições. Elas também se enquadram de referência direta a colheita na época da fertilidade em Israel e a natureza das pessoas, que nem sempre são coesas e atentas as práticas do Judaísmo.

O etrog (fruta cítrica semelhante à cidra) simboliza os que conhecem as leis religiosas e as praticam fielmente. A lulav (feixe de folhas de palmeira) se refere aos que conhecem as leis, mas não as seguem. A hadas (ramos de murta) simboliza os que observam e praticam boas ações, mas não conhecem a Torá ou outros mandamentos religiosos e o aravá (dois ramos de salgueiro) representa os indivíduos afastados do judaísmo.

A festa do Exílio e da colheita







O povo Judeu é cheio de peculiaridades, tradições e possuem uma história de longa data enraizada em práticas religiosas. Durante muito tempo sofreram perseguições e genocídios. Esse tipo de violência serviu de resiliência e foi um incentivo para que expusessem uma resistência pouco vista na história da humanidade.

O Sucôt mostra, justamente, esse lado do sofrimento e do resgate à memória dos antepassados, que lutaram para sobreviver e dar continuidade as tradições do povo de Israel, atravessando o Deserto do Sinai antes de entrarem na Terra Prometida.

O principal propósito do Sucôt é relembrar os 40 anos em que os Judeus foram submetidos ao exílio do Egito. Durante esse período, não possuíam quaisquer terras para cultivar e manter a auto-subsistência. Foi uma época em que o povo judeu passou fome, frio e ficou vagando pelo deserto em busca de comida e abrigo entre as areias perdidas do Norte da África e Oriente Médio.

A palavra “Sucot”, na verdade, é o plural de “Sucá”, que são as cabanas que serviam de abrigo para comportar cada um dos membros de uma família judia durante a peregrinação no deserto. Esse também é o motivo que faz a festa ser conhecida popularmente como “Festa das Cabanas”.

Outro detalhe, é que a data é comemora sempre no mês de outubro, época que coincide com o período de fertilidade em Israel. No calendário judaico ele é festejado no dia 15 de Tishrei e tem duração de oito dias. A data, é celebrada cinco dias após o Iom Kipur.

(Foto: decoração na porta da Sucá (cabana) que representa a colheita dos animais)